Em novembro de 2025, Belém (PA) será palco da COP30, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas. E pela primeira vez na história, o agronegócio brasileiro terá um espaço próprio dentro do evento: a AgriZone, que funcionará na sede da Embrapa Amazônia Oriental. O projeto, idealizado em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Embrapa e Senar, tem como objetivo mostrar ao mundo o compromisso do produtor rural brasileiro com a sustentabilidade e a segurança alimentar global.
O agro como protagonista da sustentabilidade
Mais do que participar, o setor quer assumir o protagonismo nas discussões sobre meio ambiente. A AgriZone surge como um símbolo dessa nova postura: sair da defensiva e mostrar, com dados e resultados concretos, que o agronegócio brasileiro é parte da solução para os desafios climáticos e alimentares do planeta. Entre as práticas que serão apresentadas, estão integração lavoura-pecuária-floresta, recuperação de pastagens degradadas e tecnologias de fixação de nitrogênio no solo, todas evidências do avanço tecnológico e da preocupação ambiental que marcam a agricultura nacional.
Segundo Muni Lourenço, presidente da Comissão Nacional de Meio Ambiente da CNA, a missão da AgriZone é clara, mostrar ao mundo que somos capazes de aumentar a produção de alimentos sem expandir a área cultivada, e desmistificar estigmas e desinformações sobre o agronegócio brasileiro.
Ciência e inovação lado a lado
A presença da Embrapa na iniciativa reforça o papel da ciência como aliada da sustentabilidade. Como destacou Daniel Trento, coordenador do grupo de trabalho da Embrapa na COP30, o evento permitirá um diálogo direto entre teoria e prática, será um caso único nas COPs, porque, enquanto as discussões acontecem nas mesas oficiais, bem ao lado teremos exemplos reais de aplicação da agricultura sustentável brasileira.
Essa conexão reflete o que o agronegócio vem mostrando há décadas: tecnologia e inovação caminham junto com responsabilidade ambiental. O setor desenvolve constantemente soluções para aumentar a eficiência produtiva e reduzir os impactos ambientais, garantindo ao Brasil um papel de liderança mundial em produção sustentável.
Uma oportunidade para mudar a narrativa
A COP30 representa também uma chance de reposicionar a imagem do agronegócio. Com legislações ambientais rigorosas e alto índice de conformidade nas práticas de produção, o Brasil tem motivos de sobra para ser reconhecido não como vilão, mas como um dos setores mais comprometidos com o meio ambiente.
Texto: Beatriz Rodrigues Sousa - Marketing RZK Agro